Está vendo aquele velho homem canário?Ele já teve um grande amor.Já teve lar,família e sorriso no rosto,já foi mudo...
Ele se mudou do interior para a metrópole,não deixou nada de muito valor por lá,foi atrás da própria voz.Hoje a vida dele se resume no que você está vendo;cantar para a floresta de concreto e alimentar a alma dos moços e idosos animais com o seu canto,beber um bom Jack Daniels durante o show e agonizar pensado na família.
Mas ele não se arrepende,não se sente tão só.A música o faz companhia.A canção do vellho homem canário é um emaranhado de sons sensíveis,que resultam o seu rock.
Ele até parece frio e calculista,mas segundo ele é uma máscara para que não descubram o seu passado e condenem-no.
Quando termina o espediente ele vai para sua quitinete,pernoita escrevendo e ouvindo vinis de classic rock,passa a sua vida para o papel,desmancha uns erros,acrescenta trocados no bolso,canta Pink Floy na partida e coloca em negrito todos os seus méritos,depois faz um Break para descanso,adormece algumas horas e acorda lá pelas duas horas da tarde.Para ele, dormir é perda de tempo,imagina se não fosse?O velho homem canário acorda,escova os dentes,toma um banho,coloca suas vestes; peça íntima,calça de couro preto,camisa com o logo da banda Led Zeppelin,jaqueta de couro preto,Spike no punho do braço esquerdo , meias brancas e um coturno mal limpo.Ele sai de casa livre,tão livre que os longos cabelos grisalhos parecem bater asas.Ele pára em uma lanchonete,come Junk Food, repõe as energias do corpo,eleva a glicose e o colesterol,depois segue para o bar no qual tem um show marcado todos os dias para as seis horas da tarde.No percurso ele vê aves negras e brancas pairando no céu nublado, parece até Ying-Yang.
Chega no bar aproximadamente às quatro horas para religar os instrumentos e passar o som.Se comunica um pouco com alguns adimiradores do seu trabalho que aguardam o show, bem como ele,toma um hi-fi...Rapidamente o relógio marca seis horas.O velho homem canário sobe no palco,senta-se, pega o violão,sua arma de guerra,canta sua dor,jamais o seu arrependimento,ele não tem.
Está vendo,meu amigo, é sempre assim.E essa música que estamos ouvindo,ele compôs após assassinar a família.Sem arrependimento,ele não tem nenhum,segundo o velho homem canário foi tudo por amor.
Brenda Chaves
Ele se mudou do interior para a metrópole,não deixou nada de muito valor por lá,foi atrás da própria voz.Hoje a vida dele se resume no que você está vendo;cantar para a floresta de concreto e alimentar a alma dos moços e idosos animais com o seu canto,beber um bom Jack Daniels durante o show e agonizar pensado na família.
Mas ele não se arrepende,não se sente tão só.A música o faz companhia.A canção do vellho homem canário é um emaranhado de sons sensíveis,que resultam o seu rock.
Ele até parece frio e calculista,mas segundo ele é uma máscara para que não descubram o seu passado e condenem-no.
Quando termina o espediente ele vai para sua quitinete,pernoita escrevendo e ouvindo vinis de classic rock,passa a sua vida para o papel,desmancha uns erros,acrescenta trocados no bolso,canta Pink Floy na partida e coloca em negrito todos os seus méritos,depois faz um Break para descanso,adormece algumas horas e acorda lá pelas duas horas da tarde.Para ele, dormir é perda de tempo,imagina se não fosse?O velho homem canário acorda,escova os dentes,toma um banho,coloca suas vestes; peça íntima,calça de couro preto,camisa com o logo da banda Led Zeppelin,jaqueta de couro preto,Spike no punho do braço esquerdo , meias brancas e um coturno mal limpo.Ele sai de casa livre,tão livre que os longos cabelos grisalhos parecem bater asas.Ele pára em uma lanchonete,come Junk Food, repõe as energias do corpo,eleva a glicose e o colesterol,depois segue para o bar no qual tem um show marcado todos os dias para as seis horas da tarde.No percurso ele vê aves negras e brancas pairando no céu nublado, parece até Ying-Yang.
Chega no bar aproximadamente às quatro horas para religar os instrumentos e passar o som.Se comunica um pouco com alguns adimiradores do seu trabalho que aguardam o show, bem como ele,toma um hi-fi...Rapidamente o relógio marca seis horas.O velho homem canário sobe no palco,senta-se, pega o violão,sua arma de guerra,canta sua dor,jamais o seu arrependimento,ele não tem.
Está vendo,meu amigo, é sempre assim.E essa música que estamos ouvindo,ele compôs após assassinar a família.Sem arrependimento,ele não tem nenhum,segundo o velho homem canário foi tudo por amor.
Brenda Chaves
tudo por amor...que amor...hem...
ResponderExcluirinteressante seu texto...muito bom...
Parabéns pelo blog e que Deus te abençõe e te guarde hj e sempre.
ResponderExcluirfui...
caramba, interessante seu texto, esse velho homem canário é que sabe ser feliz!!
ResponderExcluirse quiser, acesse meus blogs http://artegrotesca.blogspot.com e http://denisirenia.blogspot.com
Gostei até o último parágrafo. O desfecho estragou o restante da narrativa. Tinha imaginado uma personagem quase real, dessas que vemos pelas ruas. Mas tudo bem, você pulou do quase-intimista para o suspense como se metesse uma facada em alguém (eu).
ResponderExcluirhm, tirando o fim um tanto macabro, achei um excelente texto que brinca com elementos cotidianos e nos faz parecer que você conhece o tal homem canário...
ResponderExcluirgosto de histórias da vida, cada um tem a sua com suas particularidades, seu texto nos faz viajar em uma delas ;)
http://songsweetsong.blogspot.com/
texto muito bom...narrativa nos prende...
ResponderExcluirUm homem em companhia da arte nunca está só, carrega multidões na pele! Ainda que seja malvado, ou mesmo que ame demasiado, a arte não conhece a moral!
ResponderExcluirwww.costabbade.blogspot.com
Muito criativo e bem escrito o texto, gostei do seu blog, passarei mais vezes por aqui.
ResponderExcluirhttp://sem--hipocrisia.blogspot.com/
cada um constrói a felicidade de um jeito, seu texto ta muito bom!
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